Todos conhecem, certamente, a forma de convencer os meninos mais pequenos a comer tudo o que têm no prato alegando que em África existem muitos meninos a morrer de fome. Tentando incutir às crianças valores confrontando-as com a precariedade de outros povos para conseguirem que eles terminem a comida que têm no prato. Thomas Friedmann usa uma analogia a esta situação no seu livro o “O mundo é plano”para explicar aos pais ocidentais que para obrigarem os filhos a estudar basta dizerem que na China existem milhões de meninos com fome do seu futuro emprego.
É sabido, que a China nos últimos anos cresce de uma forma sustentada tornando-se a cada dia que passa na maior economia do Mundo. Apesar de ainda comunista, adoptou o capitalismo como forma de financiar os seus ideais. A que se deve esta explosão recente de uma china tão empreendedora, tão faminta de recursos naturais que atrai tanto investimento estrangeiro?
O google revelou, há pouco tempo, as estatísticas das palavras mais procuradas pelos chineses. Ao contrário dos ocidentais que ainda têm uma mente bastante troglodita que continuam a pôr nos primeiros lugares o nome de cantoras norte-americanas e palavras relacionadas com o sexo, os chineses põem palavras relacionadas com dinheiro. Do ponto de vista sócio-economico isto só pode significar uma vontade e convicção fora do normal para criar riqueza.
Muitos chineses emigraram e a razão disso é que em todos os países existe grandes comunidades de chineses. Foram e são estes chineses que iniciaram a recuperação económica do país. Um Chinês sai da china e vem para Portugal e repara que os bens que não sejam de primeira necessidade são muito mais caras que na China. Tão caras que se as comprassem na China, mesmo com os custos de transporte, ainda conseguiam ter margem. Assim se criaram as lojas de origem chinesa. Começou-se assim por despoletar lentamente o potencial da China. Passados quase século e meio da revolução industrial na Europa, começava-se agora a surgir na China. No entanto, esta revolução leva um extra o principio da 3ª Vaga (Conceito criado por Alvin Tofler) a revolução do conhecimento. A China não consome só recursos naturais de todo o mundo, também consome recursos intelectuais. O consumo deste último é o que a torna na principal substituto dos Estados Unidos como a maior economia do Mundo.
Embora os EUA precisassem de pessoas para povoar o seu país a China não precisa. A classe média chinesa que agora representa somente cerca de 10% da população vai começar a crescer, assim como as competências. Com este crescimento de competência cada vez mais as empresas chinesas serão competitivas em outras geografias preocupando cada vez mais a segurança dos postos de trabalho dos nossos filhos.
Não é uma competência minha lançar profecias ou fazer previsões precisas sobre a economia mundial, mas acredito que daqui a 10 anos a China será a maior economia do Mundo. Destronando o mal amado Estados Unidos que se tornou inimigo de si próprio quando perdeu concorrência depois da queda do Muro de Berlim. Os jogos olímpicos de 2008 vão mostrar a China ao mundo, a escalada da China vai começar no fim dos Jogos.
Nunca mais esqueci este texto de Vieira que vinha numa selecta quando eu era estudante:
«Arranca o estatuário uma pedra destas montanhas, tosca, bruta, dura, informe; e depois que desbastou o mais grosso, toma o maço e o cinzel na mão e começa a formar um homem: primeiro, membro a membro e, depois, feição por feição, até à mais miúda. Ondeia-lhe os cabelos, alisa-lhe a testa, rasga-lhe os olhos, afila-lhe o nariz, abre-lhe a boca, torneia-lhe o pescoço, estende-lhe os braços, espalma-lhe as mãos, divide-lhe os dedos, lança-lhe os vestidos. Aqui desprega, ali arruga, acolá recama. E fica um homem perfeito, e talvez um santo que se pode pôr no altar.
O mesmo será cá, se a vossa indústria não faltar à graça divina. É uma pedra, como dizeis, esse índio rude? Pois trabalhai e continuai com ele (que nada se faz sem trabalho e perseverança), aplicai o cinzel um dia e outro dia, daí uma martelada e outra martelada, e vós vereis como dessa pedra tosca e informe fazeis, não só um homem, senão um cristão, e pode ser que um santo.»
Padre António Vieira, (s.XVII) , pregando em defesa dos índios brasileiros - in Sermão do Espírito Santo
1. Conteúdos – Descrição e interpretação da actividade cognoscitiva
1.1. Estrutura do acto de conhecer
1.2. Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento: A perspectiva racionalista do conhecimento
2. Objectivos:
-Analisar a problemática do conhecimento na sua relação com o real
-Problematizar metafisicamente o problema do conhecimento e da realidade na sua relação pela leitura e análise da 4ª parte do Discurso do Método
3. Materiais:
Manual adoptado (páginas 133,134,136,137,138,139, 140,141,142, 143, 145, 146,149);
4ª parte do Discurso do Método
Apontamentos das aulas;
Consulta de materiais na plataforma
Blog – o encanto da filosofia http://oencantodafilosofia.blogs.sapo.pt/
4. Estrutura
I –
1- Comentário de uma frase sobre o conhecimento
2- Pergunta aberta sobre o conhecimento
II –
1 – Preencher os espaços em branco de um texto sobre Descartes e o Discurso do Método.
2 – Dadas algumas definições o aluno tem que indicar o definido
3 – Questões sobre a 4ª parte do Discurso do Método
III- Texto de cinco linhas (lido várias vezes na aula) em que se coloca uma pergunta. Pede-se ao aluno que partindo do que aprendeu sobre Descartes lhe dê resposta
IV – Vale a pena filosofar – Onde o aluno dará continuidade aos textos anteriores colocando em realce as últimas aprendizagens
As cotações do teste farão parte do mesmo
Bom Carnaval
Bom trabalho
E navegue em http://oencantodafilosofia.blogs.sapo.pt/ e http://esod.esb.ucp.pt/moodle/
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