Durante 13 anos seguidos li e reli o Fédon de Platão, onde a propósito da morte de Sócrates se trata de provar a imortalidade da alma. Foi a obra que escolhi para leccionar aos alunos do 12º ano. Entre outras coisas aprendi que o importante não é ler mas reler. A leitura é como a música ou a pintura. Quando gostamos de uma música, quantas vezes a ouvimos?Também não nos contentamos em ver uma só vez o quadro que gostamos. Na repetição encontramos sempre algo de novo.
Já me fazia falta o contacto com os alunos. Estive a preparar o que haveria de fazer: Enfim, dar as boas vindas a todos (não esquecer os 3 alunos que vão etar pela primeira vez na turma); marcar os testes; acordar sobre regras, material de trabalho, metodologias, etc; distribuir e explicitar os critérios de avaliação e classificação ...
E aconteceu o que muitas vezes acontece: a importãncia da escola como lugar privilegiado de aprendizagem; a importância da aprendizagem filosófica etc. E todos se lembravam dos factores determinantes da aprendizagem: AMA - A de atenção; M de Motivação; A de Aplicação. Há coisas que eles nunca mais se vão esquecer.
A segunda parte tinha como tema: «Conhece-te a ti mesmo» O ponto de partida era a história de uma águia bébé que recolhida por um lavrador a colocou na capoeira onde aprendeu a viver como os frangos. Estão mesmo a ver que isto dá pano para muitas mangas.
Um professor é um eterno aluno, dizia-me um prezado amigo professor como eu. E penso que ele tem razão:um professor pensa que ensina mas aprende. Aprende sempre, dia após dia, ano após ano. Quando deixar de aprender, deixará de ser.
E cada início de ano é um desafio, uma aventura. Quando assim deixar de ser, vou-me embora, com reforma ou sem ela.
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