A verdade é que se pode tirar uma licenciatura de Filosofia sem nunca ter lido a obra de um filósofo. Não me recordo se foi o meu caso. Lembro-me de ter estudado sebentas, de ter lido extractos de obras filosóficas, de ter estudado autores em Histórias da Filosofia e Enciclopédias. Do que verdadeiramente me não recordo é de ter lido de fio a pavio uma obra de filósofo. Hoje sei que nada substitui a leitura de uma obra. E sei que não basta ler uma vez. Perdi a conta às vezes que li «O Discurso do Método» de Descartes. E de cada vez que o ler hei-de sempre descobrir uma ideia nova.
Ao ler o Prefácio da Fenomenologia do Espírito, motivei-me para a leitura da obra. Será uma leitura para os meus 56 anos.
“Imaginemos, agora, alguém que tomasse uma decisão muita estranha e começasse a fazer perguntas inesperadas. Em vez de 'que horas são' ou 'que dia é hoje?', perguntasse: O que é o tempo? Em vez de dizer 'está sonhando' ou 'ficou maluca', quisesse saber: O que é o sonho? A loucura? A razão?”
Marilene Chaui
A seguir encontram-se algumas das melhores respostas dadas pelos alunos
I
a)Antropologia b)Cosmologia c)Teologia d)Moral e)Ontologia
a) O operário desconhecia o facto de que tudo o que ele tinha, todas as casas, mesas, cadeiras, facas, tudo era dele pois tinha sido feito por ele. Estes versos remetem-nos para a distinção entre o fazer e o agir. O operário fazia as coisas, mesas, cadeiras, casas, e esta é a parte do fazer, uma parte de materialização que nos mantém como corpos, como animais que somos; mas ele descobriu que as coisas fazem o operário e esta é a parte do agir, algo que nos é interior, que nos muda ao nível moral, estético que foi o que aconteceu com o operário que a partir daqui deixou de dizer sempre sim e passou a dizer não. Cátia Vieira
b) Uma determinada acção após efectuada gera sempre um acontecimento ou consequência.
III
Para podermos responder a esta questão, temos que compreender o que é a liberdade. A liberdade é o estado de quem faz o que quer. Podem então afirmar “Eu sou completamente livre, pois faço o que quero”. Esta afirmação esta incorrecta pois, como tudo no ser humano, a liberdade não é absoluta. Encontramo-nos condicionados pela sociedade, pela nossa cultura e pelas nossas condicionantes biológicas.
Se nunca seremos verdadeiramente livres, será que vale a pena lutar pela liberdade?
Sim, pois a possibilidade de fazermos o que queremos, sobrepondo o querer ao apetecer é a principal distinção entre nós e os animais.
Podemos então afirmar, visto que a liberdade é adquirida e não inata, que se não lutarmos por ela, seremos como os animais, guiados apenas por instintos.
Esta é também a principal distinção entre o filósofo e o homem prático. O filósofo faz o que quer, e, na maior parte dos casos, o homem prático faz o que lhe apetece.
No entanto, também podemos afirmar que estamos de tal modo condicionados pela sociedade, que deixamos de lutar pela liberdade. E perguntam vocês “Porquê?”.
Porque ser livre dá trabalho, e as pessoas preferem sentarem-se em frente à televisão e ver programas sem cultura nenhuma, a trabalhar para o seu futuro. Desperdiçam assim este maravilhoso dom que nos é próprio, a possibilidade de ver os nossos actos para além do presente e de ganharmos a nossa liberdade. Mas então como é que nos tornamos livres?
Pensando por nós mesmos e abrindo novos caminhos, e não fazer acções somente porque toda a gente as está a fazer. Deste modo aprenderemos a fazer o que queremos e ganharemos a nossa liberdade.
Susana Rocha
ESCOLA SECUNDÁRIA DE OLIVEIRA DO DOURO
TESTE DE FILOSOFIA 10º ANO - TURMA A
a) O que é o homem? b) O universo é finito? c) Deus existe? d) É preferível roubar ou ser roubado? e) O que é o ser?
1.
«Mas ele desconhecia
Esse facto extraordinário
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário»
Comenta os versos transcritos dando conta da transformação operada no operário e do seu significado em termos de acção. (Podes utilizar a distinção aprendida entre fazer e agir)
2. Constrói uma frase em que obrigatoriamente relaciones as palavras:
a) Liberdade e responsabilidade; b) Acção e acontecimento; 2) Homem, liberdade, circunstâncias
3. Último trabalho de casa:
a) Indica o título do texto que te foi atribuído
b) Formula o problema a que o texto pretende dar resposta.
4. Estrutura da Acção Humana.
Ordena as nove fases numa sequência lógica
1. |
Resultado. O que deriva da acção. |
7 |
8 |
5 |
2 |
Motivo. As razões justificam a acção, a sua razão de ser ou o seu porquê. |
2 |
4 |
1 |
3 |
Deliberação. Comparação dos motivos a favor ou contra um possível acto realizável |
6 |
2 |
4 |
4 |
Consequências. Os efeitos resultantes da acção que pode ter implicações par outras pessoas, mas também par nós próprios. |
9 |
7 |
6 |
5 |
Meios. Os procedimentos, instrumentos ou actos que recorremos para realizar aquilo que decidimos fazer. |
6 |
4 |
5 |
6 |
Execução. A realização material de uma dada decisão |
4 |
7 |
9 |
7 |
Decisão. Nesta fase o agente escolhe um dado caminho, comprometendo-se com determinado propósito ou finalidade. |
6 |
4 |
1 |
8 |
Intenção. O que alguém voluntaria e reflectidamente decidiu fazer |
7 |
1 |
2 |
9 |
Fim ou Finalidade. Os objectivos que se tem em mente alcançar com a acção |
3 |
5 |
4 |
Adaptado de http://filotestes.no.sapo.pt/10questotal.htm
III
Escreve um texto filosófico sobre:
O que aconteceria se os homens não lutassem pela liberdade.
julmarjsmotmail.com Inscreve-te em:
http://esod.esb.ucp.pt/moodle/
O rio da minha aldeia morreu devido à poluição. O rio da minha aldeia era vivo, cheio de alegria e brincadeiras, mas de repente adoeceu, logo que apareceu uma fábrica. Ninguém prestou muita atenção porque achavam que estavam felizes com o dinheiro da fábrica. Mas o dinheiro é felicidade?
Para muitos seres humano o dinheiro é a representação da felicidade; o dinheiro pode comprar muita coisa, mas será que pode comprar a amizade, o amor?
Para as pessoas com muito dinheiro, o mundo à sua volta deixa de existir, tão cegos que estão pelo dinheiro.
Foi o que aconteceu nesta aldeia, o dinheiro cegou toda a população, o rio adoeceu, morreu e ninguém deu conta disso.
Filipa Alexandra Castanho Ferreira nº 10 10º A
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