Sexta-feira, 27 de Outubro de 2006

Porquê?

      Rafael Oliveira Corrado Nº 18/10ºA

Haverá deus? Existirão forças superiores a nós? É provável que sim, porque quem fez o calor também fez o frio, quem fez a chuva também fez o sol, quem fez o Sol também fez a lua, quem fez o mar também fez o deserto, alguém teve de pensar na criação de todos os elementos constituintes do mundo, porque é pouco provável que tenham surgido ao acaso; se atirarmos ao ar as peças de um relógio, quando ele chegar ao chão não estará montado. “Alguém tem que montar as peças”. Assim como todos os organismos e mentes tiveram que ser criados por alguém de pensamento e existência superior, que soubesse a maneira do mundo funcionar. Haverá vida depois da Morte? O que acontece quando morremos? É impossível descobrir isso, temos que passar pela situação, mas é mais confortante pensar que depois de “apagar há mais qualquer coisa”. Mas porque é que há duvida? Ver milhares a morrer em tragédias, pais que têm que enterrar os filhos, filhos que têm que viver sem os pais, centenas que morrem todos os dias de fome ou dezenas que sofrem e morrem por hospital; é normal para cada um ter as suas dúvidas. Haverá objectivos na nossa vida? Porque razão vivemos? Os nossos objectivos somos nós que escolhemos e a razão damo-la a quem queremos. Aquilo a que se destino é “escrito” directa ou indirectamente pelas nossas escolhas e acções.

 

publicado por julmar às 23:17
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Terça-feira, 24 de Outubro de 2006

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

              ROUSSEAU     

“Não há nada que esteja menos sob o nosso domínio que o coração, e, longe de podermos comandá-lo, somos forçados a obedecer-lhe”

Rousseau é um filósofo suíço, nasceu em Genebra. Era filho do relojoeiro Isaak Rousseau, que morreu quando ele tinha 10 anos. Mais tarde, foi aluno do Pastor Lambercier, de rígida disciplina moral e religiosa. Precisou trabalhar muito cedo e sentiu o que significava ser maltratado, explorado. Na adolescência, encontrou os portões da sua cidade fechados, quando voltava de uma de suas saídas, opta por vadiar pelo mundo. Acaba por ter como amante uma rica senhora e, sob seus cuidados, estudou música e filosofia. Longe da rica senhora, que estava numa situação financeira má e com outro amante, ele parte para Paris. Aos 37 anos torna-se famoso ao escrever o Discurso Sobre a Origem e Fundamento da Desigualdade Entre os Homens. Acabou por escrever muitas outras obras, de carácter romântico, pedagógico e político. Rousseau rejeita a religião revelada e é censurado. A poder, para ele, deve estar nas mãos do povo. Segundo ele, a população tem que tomar cuidado ao transformar os seus direitos naturais em direitos civis. Após toda uma obra intelectual, fugas às perseguições e uma vida de aventuras, Rousseau acaba por falecer aos 66 anos, no castelo de Ermenonville.

Obras

  • Discurso Sobre a Origem e Fundamento da Desigualdade Entre os Homens
  • Do contrato social
  • Emílio ou Da Educação
  • A Nova Heloísa
  • Devaneios de um Caminhante Solitário
  • Confissões

 PPensamento

 Rousseau aponta para um mundo melhor, privilegia os sentimentos mais nobres e uma condição saudável para o corpo humano, afastando o pensamento para um plano secundário. Pensando bem, Rousseau antecipou alguma temática que irá dominar o pensamento do séc. seguinte: a falta de unidade Homem-Natureza, a valorização do sentimento em perda da razão, e, finalmente, a convicção de que a liberdade humana é passível de ser concretizada.

 Migalhas filosóficas

 “Consultei os filósofos, folheei os seus livros, examinei as suas diversas opiniões; achei-os todos orgulhosos, afirmativos, dog­máticos - mesmo no seu pretenso cepticismo -, não ignorando nada, não demonstrando nada, troçando uns dos outros; e esse ponto, que é comum a todos eles, pareceu-me ser o único em que todos concordavam. Triunfantes quando atacam, não têm vigor quando se defendem. Se examinais as suas razões, só as têm pa­ra destruir; se contais os seus caminhos, cada um está limitado ao seu; só se põem de acordo para discutir; prestar-lhes ouvidos não era o meio de me livrar da minha incerteza. Compreendi que a insuficiência do espírito humano é a pri­meira causa dessa prodigiosa diversidade de sentimentos, e que o orgulho é a segunda.”

 Bibliografia:

  • Wikipédia (pt.wikipedia.org)
  • Dicionário de Biografias, Porto Editora
  • Citador (www.citador.pt)

 Daniela Fernandes nº7 10ºA

 

 

publicado por julmar às 10:41
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Pensamento da semana

«Ter opiniões fortes não é um erro. O erro é não ter mais nada.»

Anthony Weston, A Arte de Argumentar, Edições Gradiva, Lisboa, 1996, pp. 14-15

publicado por julmar às 10:37
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Sexta-feira, 20 de Outubro de 2006

Tarefa

Tente saber o que significam as palavras maquiavélico e maquiavelismo e estabeleça uma relação com a teoria política de Maquiavel.
publicado por julmar às 17:47
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Nicolau Maquiavel

Maquiavel

(1469-1527)

  

“As pessoas esquecem mais facilmente a morte do pai do que a própria herança.”

 

Biografia:

Niccoló Machiavelli, dito Maquiavel nasceu em 1469 em Florença. Em 1498 conseguiu um cargo secundário de funcionário do governo de Florença, emprego eu conservou durante catorze anos. Em 1512 devido á invasão espanhola do território da república, a população depôs Sondérini e acolheu Médici. Maquiavel acabou por ser despedido e retirou-se da vida pública. Começou a dedicar-se á escrita. A mais famosa de suas obras é “O Príncipe”. Maquiavel morreu em 1527 e “O Príncipe” foi publicado cinco anos mais tarde.

 

Obras: ”O Príncipe”, “Mandrágora”, “A Arte da Guerra”, “Discorso sopra le cose di Pisa”, “Sommario delle cose della citta di Lucca”, “Frammenti storicini”...

 

Pensamento: Os governos levaram á degradação do Estado, instituição que ele coloca acima  das demais, como a sua única capaz de assegurar a manutenção dos interesses individuais ou religiosos, no plano de um pragmatismo político em que governar deveria ser uma técnica.

Migalhas Filosóficas:

"Debaixo da porta, deixo o que trago vestido e cheio de lama e de lodo e envergo vestes régias. Vestido com garbo, entro na companhia dos antigos e aí sou recebido com gentileza e partilho do alimento que é verdadeiramente meu e para o qual nasci. Não me assusto de falar com eles e de lhes pedir as razões dos seus actos; e eles, por humanidade, respondem-me. Durante as quatro horas seguintes não sinto aborrecimento, esqueço todas as penas, não tenho medo da pobreza nem da morte. Transfiro-me completamente para eles. E como Dante deixou escrito que compreensão sem memória não é conhecimento, aproveitei quanto pude dessa conversação e compus um pequeno livro De principatibus. Aí penetro tão profundamente quanto posso nos pensamentos acerca do tema: debato a natureza dos senhorios, quais as suas variedades, como podem ser adquiridos, mantidos e perdidos. E se alguns desejos meus alguma vez te agradaram, este não te desagradará. O livro deveria ser bem recebido por um príncipe, e especialmente por um príncipe de recente criação, pelo que dedicarei a obra a Sua Alteza Giuliano (de Médici)".

 

Bibliografia:

 www.Google.pt

www.artqnet.pt/portal/teoria maquiavel.html

Wikipédia

Nome: Sílvia Andreia Santos Andrade

Turma: 10º A     N.º 21

publicado por julmar às 17:37
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Poema

A catedral de Burgos tem trinta metros

E a menina dos meusolhos dois milímetros de abertura

Olha a catedral de burgos com trinta metros de altura!

                 António Gedeão

publicado por julmar às 17:31
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Sexta-feira, 13 de Outubro de 2006

RICHARD RORTY

 ‘‘A linguagem não é uma imagem do real’’

 

Richard Rorty nasceu em Nova York em 1931 sendo um dos filósofos norte-americanos mais importantes e uma das figuras mais relevantes da filosofia mundial.

Em 1946, Rorty foi para a Universidade de Chicago, para um departamento de filosofia, fez o bacharelato em 1949 e permaneceu em Chicago para concluir um mestrado (1952) com uma tese sobre Whitehead. De 1952 a 1956, Rorty esteve em Yale, onde escreveu uma tese chamada ‘The concept of Potentiality’

         Recebeu a sua primeira função académica no Wellesley College, em 1958. Três anos depois mudou-se para a Universidade de Princeton, onde ficou até á sua ida para a Universidade de Virginia em 1982.

Rorty deixou a Universidade de Virginia em 1998, aceitando uma colocação no Departamento de Literatura Comparada na Universidade de Stanford.

 

 

OBRAS

 

- Contingência, ironia e solidariedade

- Verdade e Justificação

 

 

PENSAMENTO

O principal alvo de Rorty é a ideia filosófica de conhecimento como representação do mundo exterior à mente. Ao oferecer uma imagem contraditória da filosofia, Rorty tem procurado integrar e aplicar as realizações históricas numa síntese pragmática de historicismo e naturalismo. Rorty oferece uma visão altamente integrada e multifacetada de pensamento, cultura e política, visão que o tem feito um dos mais largamente discutidos filósofos da actualidade.

No pensamento de Rorty, a epistemologia moderna (disciplina que trata dos problemas filosóficos postos pela ciência, particularmente o do valor do conhecimento científico) não é somente uma tentativa para legitimar as pretensões ao conhecimento do que é real, mas também uma tentativa para legitimar a própria reflexão filosófica.

 

MIGALHAS FILOSÓFICAS

‘‘O medo da morte que o poeta forte tem, enquanto medo da incompletude, é função do facto de que nenhum projecto de redescrições do mundo e do passado, nenhum projecto de auto criação através da imposição das nossas metáforas idiossincráticas, pode evitar ser marginal e parasita. As nossas metáforas são usos não familiares de palavras velhas, mas tais usos só são possíveis contra o fundo de outras palavras velhas utilizadas de maneira familiares a velhas. Uma linguagem que fosse ‘toda metáfora’ seria uma linguagem sem utilização, logo não seria uma linguagem, mas apenas um papaguear, já que, mesmo que concordemos que as linguagens não são um meio de representação ou de expressão, não deixam de ser meios de comunicação, instrumentos de interacção social, maneiras de nos ligarmos a outros seres humanos.

Esta rectificação necessária da tentativa nietzschiana de divinizar o poeta, esta dependência mesmo do poeta mais forte relativamente aos outros é resumida por Bloom da seguinte maneira:

«A tristeza é o que os poetas não têm presença, a unidade, forma ou significado…»  In, Contigência, Ironia e Solidariedade                                      

Bibliografia

 

Trabalho realizado por: Darcília Silva nº8 10ºA

 

publicado por julmar às 16:15
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Quinta-feira, 12 de Outubro de 2006

“A Filosofia e os nossos dias”

(Comentário ao texto)

«Estamos sob uma forte pressão económica...»

A busca de um emprego tornou-se mais importante do que a procura da verdade, as pessoas não olham a meios para atingir os fins e apenas pensam nos seus problemas.

Cada vez a sociedade anda mais stressada, atarefada e já não consegue justificar os seus actos. Por isso, temos de parar!

A nossa sociedade acomoda-se ao mínimo e não atinge o máximo que poderia atingir com um pouco mais de esforço.

Ao contrário da nossa sociedade a filosofia questiona o porquê das coisas.

«Quem não tiver passado por esta vertigem perante a leveza do real, quem não tiver sentido indignação perante a banalidade ou tiver sofrido algum tipo de guerra sem se conformar com ela, esse não perceberá a supérflua necessidade da filosofia»

Sílvia Ramos, Daniela Fernandes e Letícia Silva

publicado por julmar às 12:35
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Quinta-feira, 5 de Outubro de 2006

Soren Aabey Kierkegaard

(1813 -1855)

“A vida nunca pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente.”

Filósofo e teólogo dinamarquês do século XIX, nasceu e morreu em Copenhaga.

É considerado o primeiro filósofo existencialista, pois fez a ponte entre a filosofia hegeliana (de Georg Hegel) e aquilo que se tornaria o existencialismo.

Kierkengaard era o sétimo filho de um pai com 56 anos e teria seguido a carreira de pastor se não fosse um estudante indisciplinado. A ruptura que estabelece com o pai (austero protestante, que educa Kierkegaard num ambiente de profunda religiosidade) e o fim do seu noivado com Regina Oslen são dois factores que influenciam a sua concepção filosófica. A partir deste momento os seus textos tornam-se mais profundos e o seu pensamento mais religioso.

Em 1841 viajou para a Alemanha onde se tornou aluno de Schelling. Em 1842 volta a Copenhaga, e em 1843 publica “A alternativa”, Temor e tremor”, e “A repetição”. Em 1844 são editados “Migalhas filosóficas” e “O conceito de angústia”. Um ano depois saem “As etapas no caminho da vida” e, em 1846 o Post-scriptum a “Migalhas filosóficas”. A maior parte destes textos constituem uma tentativa de explicar os paradoxos da existência religiosa.

 

PENSAMENTO

 

Kierkegaard considera que a angústia e o desespero são os elementos essenciais da nossa existência. A angústia representa o estado de espírito de um ser que está condenado a escolher e que não sabe o que escolher, o desespero resulta da lacuna entre “ser” e “natureza”, lacuna essa que representa a existência.

 

OBRAS

As obras do amor; Diário de um sedutor; É preciso duvidar de tudo; O conceito de ironia constantemente referido a Sócrates O desespero humano; O matrimónio; Temor e tremor; A alternativa; A repetição; Migalhas filosóficas; O conceito de angústia; As etapas no caminho da vida;

 

MIGALHAS FILOSÓFICAS

«Se te casas, arrependes-te; se não te casas, arrependes-te também; cases-te ou não te cases, arrependes-te sempre. Ri-te das loucuras do mundo e irás arrepender-te; chora sobre elas, e arrependes-te também; ri-te das loucuras do mundo ou chora sobre elas, e de ambas as coisas te arrependes; quer te rias das loucuras do mundo, quer chores sobre elas, irás sempre arrepender-te. Acredita numa mulher, e irás arrepender-te, não acredites nela e arrependes-te também; acredites ou não numa mulher, arrependes-te de ambas as coisas. Enforca-te, e arrependes-te; não te enforques, e na mesma te arrependes. É esta, meus senhores, a soma e substância de toda a filosofia»
                                                                                                                    In, ”Ou/Ou”
Trabalho de Susana Rocha

publicado por julmar às 19:56
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Ter um mestre

No essencial a filosofia aprende-se como tudo o mais: começar por ver os outros fazer e depois pegar nas ferramentas necessárias e fazer tentativas. Mas ter modelos é fundamental: na política, na literatura, na pintura, enfim, em todas as actividades humanas. Aprender filosofia passa por aí. Nesse sentido, os alunos adoptam um filósofo como patrono com o qual estabelecerão uma relação ao longo dos dois anos em que estudarão filosofia. Porque a filosofia é de facto uma actividade abstracta mas feita por homens tão concretos como nós.Todos os filósofos tiveram um mestre.
publicado por julmar às 19:44
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