Segunda-feira, 28 de Fevereiro de 2011

Verbos de que se faz o pão

Para mim o pão ainda faz parte de todas as refeições. Na vila da minha infância ele era o elemento essencial que sustentava a vida de todos. Ele era inteiramente produzido ali.

O desafio é identificar todos os verbos (operaões) até chegar à mesa.

Começando: Decruar, estravessar.

publicado por julmar às 22:14
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Segunda-feira, 30 de Agosto de 2010

Aniversário

Em ambiente de festa comemorou-se o 2º aniversário do lar da Bismula. Nunca será de mais realçar a coragem e generosidade do povo da Bismula e dos que pugnaram para a realização de uma obra tão meritória. Parabens.
publicado por julmar às 16:57
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Sábado, 26 de Abril de 2008

Matriz - TESTE Nº 5

1.       Conteúdos:

A – Estatuto do Conhecimento Científico

A.1. Conhecimento vulgar e conhecimento científico

A.2. Ciência e construção – validade e verificabilidade das hipóteses (Popper e a crítica à concepção ciência clássica)

A.3. A racionalidade científica e a questão da objectividade

2.       Materiais de Estudo:

- Manual

- Apontamentos das aulas

- Textos disponibilizados na Plataforma e no blogue

 

3.       Estrutura do teste:

Grupo I – 6 conjuntos de questões em que tem de seleccionar a resposta correcta.

Grupo II – 2 conjuntos de questões

1-      Questão tem um pequenino texto com quatro alíneas sobre questões de construção do conhecimento científico

2-      Sobre um pequeno texto de K. Popper são colocadas 3 alíneas sobre o texto e que têm em conta a sua epistemologia

Grupo III

2 questões relacionadas com os filmes visionados: A Harmonia dos Mundos; O Nome da Rosa e Galieleu.

Grupo IV

Vale a pena Filosofar

BOM TRABALHO

publicado por julmar às 14:06
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Terça-feira, 22 de Abril de 2008

Retórica

“A linguagem sofre frequentes abusos no discurso figurativo. Dado que a graça e a fantasia encontram melhor acolhimento no mundo do que a seca verdade e o conhecimento genuíno, os discursos figurativos e a alusão dificilmente serão considerados uma imperfeição ou um abuso da linguagem.
Admito que, nos discursos em que procuramos prazer e diversão em vez de informac
̧ão e instrução, é difícil que os ornamentos desse género passem por falhas. No entanto, se queremos falar das coisas como elas são, temos de reconhecer que toda a arte da retórica, exceptuando aquilo que respeita à ordem e à clareza, que todas as aplicações artificiais e figurativas das palavras criadas pela eloquência servem apenas para insinuar ideias erradas, para excitar as paixões, e assim para nos conduzir ao erro.
De facto, essas aplicac
̧ões são perfeitos logros, e por esta razão, por muito louvável ou aceitável que a retórica possa parecer em discursos e declamações populares, é óbvio que elas têm de ser completamente evitadas em todos os discursos que pretendam informar ou instruir. E onde a verdade e o conhecimento interessam, tais aplicações têm de ser consideradas uma grande falta (...).
Quantas e que aplicac
̧ões são essas, é algo que seria supérfluo indicar aqui. Os livros de retórica que abundam no mundo instruirão aqueles que se queiram informar. Só não posso deixar de observar que a humanidade se preocupa muito pouco com a preservação e o avanço da verdade e do conhecimento, pois as artes da falácia são cultivadas e preferidas.
John Locke,  Ensaio sobre o Entendimento Humano

publicado por julmar às 21:54
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Segunda-feira, 14 de Abril de 2008

Modos de conhecer e lidar com a realidade

2.  Evans-Pritchard, um antropólogo, estudou profundamente a crença de um grupo africano na feitiçaria. Eis como descreve uma situação do cotidiano deste grupo:

 

"A princípio achei estranho viver entre os Azande e ouvir suas ingênuas explicações de infortúnios que, para nós, têm causas evidentes. Depois de certo tempo aprendi a lógica do seu pensamento e passei a aplicar noções de feitiçaria de forma tão espontânea quanto eles mesmos, nas situações em que o conceito era relevante. Um menino bateu o pé num pequeno toco de madeira que estava no seu caminho – coisa que acontece freqüentemente na África – e a ferida doía e incomodava. O corte era no dedão e era impossível mantê-lo limpo. Inflamou. Ele afirmou que bateu o dedo no toco por causa da feitiçaria. Como era meu hábito argumentar com os Azande e criticar suas declarações, foi o que fiz. Disse ao garoto que ele batera o pé no toco de madeira porque ele havia sido descuidado, e que o toco não havia sido colocado no caminho por feitiçaria, pois ele ali crescera naturalmente. Ele concordou que a feitiçaria não era responsável pelo fato de o toco estar no seu caminho, mas acrescentou que ele tinha os seus olhos bem abertos para evitar tocos – como, na verdade, os Azande fazem cuidadosamente – e que se ele não tivesse sido enfeitiçado ele teria visto o toco. Como argumento final para comprovar o seu ponto de vista ele acrescentou que cortes não demoram dias e dias para cicatrizar, mas que, ao contrário, cicatrizam rapidamente, pois esta é a natureza dos cortes. Por que, então, sua ferida havia inflamado e permanecido aberta, se não houvesse feitiçaria atrás dela?"

(E. Evans Pritchard. Witchcraft, Oracles and Magic among the Azande. P. 64-67 – citado por Alves, Rubem. In: Filosofia da Ciência – Introdução ao Jogo e suas Regras, pág. 17)
publicado por julmar às 15:53
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Vale a pena Filosofar

A filosofia não brota por ser útil, mas tão-pouco pela acção irracional de um desejo veemente. É constitutivamente necessária ao intelectual. Porquê? A sua nota radical era buscar o todo como um tal todo, capturar o Universo, caçar o Unicórnio. Mas porquê esse profundo anseio? Por que não nos contentamos com o que, sem filosofar, achamos no mundo, com o que já é e aí está patente diante de nós? Por esta simples razão: tudo o que é e está aí, quanto nos é dado, presente, patente, é por sua essência um mero bocado, pedaço, fragmento, coto. E não podemos vê-lo sem prever e verificar que está a menos a porção que falta. Em todo o ser que é dado, em todo o dado do mundo encontramos a sua essencial linha de fractura, o seu carácter de parte e só parte - vemos a ferida da sua mutilação ontológica, grita-nos a sua dor de amputado, a sua nostalgia do bocado que lhe falta para ser completo, o seu divino descontentamento. Há doze anos, quando eu falava em Buenos Aires, definia o descontentamento «como um amar sem amado e uma como dor que sentimos em membros que não temos». É o achar de menos o que não somos, o reconhecermo-nos incompletos e manetas.

Ortega y Gasset, in 'O Que é a Filosofia?'

publicado por julmar às 15:16
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Sexta-feira, 4 de Abril de 2008

I have a dream

Faz 40 anos que M.L.King foi assassinado. Tinha 17 anos. Li, a época, os seus sermões reunidos em livro sob o título « Força para Amar» e marcaram-me para sempre. Os sermões começavam sempre por uma citação bíblica. Um deles intitulava-se «A transformação do inconformista» e citava a epístola de S. Paulo aos Romanos: «Não vos conformeis com este século; transformai-vos pela renovação da vossa mente»

M. L. King também me ajudou a aceder à liberdade pelas exortações feitas:

«Empenhai-vos em descobrir qual a vossa vocação e depois, apaixonadamente, realizai o melhor que puderdes. Esse caminhar consciente para uma realização pessoal é o comprimentoda vida humana».

publicado por julmar às 22:39
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Segunda-feira, 31 de Março de 2008

Viver sempre também cansa.

Talvez que, de vez em quando, os senhores grandes deste pequeno mundo lhes fizesse bem ouvir os artistas, nomeadamente os poetas. Mas não. Sempre têm especialistas que especialmente lhes falam das suas especialidades para que o mundo não deixe de ser «igual, mecânico e exacto»

.

 

O sol é sempre o mesmo e o céu azul

ora é azul, nitidamente azul,

ora é cinzento, negro, quase-verde...

Mas nunca tem a cor inesperada

O mundo não se modifica.

As árvores dão flores,

folhas, frutos e pássaros

como máquinas verdes.

 

As paisagens também não se transformam.

Não cai neve vermelha,

não há flores que voem,

a lua não tem olhos

e ninguém vai pintar olhos à lua.

 

Tudo é igual, mecânico e exacto.

 

Ainda por cima os homens são os homens.

Soluçam, bebem, riem e digerem

sem imaginação.

 

E há bairros miseráveis sempre os mesmos,

discursos de Mussolini,

guerras, orgulhos em transe,

automóveis de corrida...

 

E obrigam-me a viver até à Morte!

 

Pois não era mais humano

morrer por um bocadinho,

de vez em quando,

e recomeçar depois,

achando tudo mais novo?

 

Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses,

morrer em cima dum divã

com a cabeça sobre uma almofada,

confiante e sereno por saber

que tu velavas, meu amor do Norte.

 

Quando viessem perguntar por mim,

havias de dizer com teu sorriso

onde arde um coração em melodia:

"Matou-se esta manhã.

Agora não o vou ressuscitar

por uma bagatela."

 

E virias depois, suavemente,

velar por mim, subtil e cuidadosa,

pé ante pé, não fosses acordar

a Morte ainda menina no meu colo...

José Gomes Ferreira, Militante

publicado por julmar às 14:35
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Máquina do Mundo

O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.
Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.

António Gedeão

publicado por julmar às 14:32
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Domingo, 30 de Março de 2008

Livros de cultura científica

O blog Rerum Natura é um blog que vale a pena

http://dererummundi.blogspot.com/search/label/filosofia%20da%20ci%C3%AAncia

publicado por julmar às 21:42
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